THE UNICORN IN CAPTIVITY
After the
tapestry in The Cloisters
Here sits the
Unicorn
In captivity;
His bright invulnerability
Captive at
last;
The chase long
past,
Winded and
spent,
By the king’s
spears rent;
Collared and
tied
To a
pomegranate tree –
Here sits the
Unicorn
In captivity,
Yet free.
Here sits the
Unicorn;
His
overtakelessness
Bound by a circle
small
As a maid’s
embrace;
Ringed by a
round corral;
Pinioned in
place
By a fence of
scarlet rail,
Fragile as a
king’s crown,
Delicately laid
down
Over horn,
hoofs, and tail,
As a butterfly
net
Is lightly set.
He could leap
the corral,
If he rose
To his full
white height;
He could
splinter the fencing light,
With three
blows
Of his
porcelain hoofs in flight –
If he chose.
He could
shatter his prison wall,
Could escape
them all –
If he rose,
If he chose.
Her sits the
Unicorn;
The wounds in
his side
Still bleed
From the
huntsmen’s spears,
Yet he takes no
heed
Of the
blood-red tears
On his
milk-white hide,
That spring
unsealed,
Like flowers
that rise
From the velvet
field
In which he
lies.
Dream wounds,
dream ties,
Do not bind him
there
In a kingdom
where
He is unaware
Of his wounds,
of his snare.
Here sits the
Unicorn;
Head in a
collar cased,
Like a girdle
laced
Round a
maiden’s waist,
Broidered and
buckled wide,
Carelessly
tied.
He could slip
his head
From the jeweled
noose
So lightly tied
–
If he tried,
As a maid could
loose
The belt from
her side;
He could slip
the bond
So lightly tied
–
If he tried.
Here sits the
Unicorn;
Leashed by a
chain of gold
To the
pomegranate tree.
So light a
chain to hold
So fierce a
beast;
Delicate as a
cross at rest
On a maiden’s
breast.
He could snap
the golden chain
With one toss
of his mane,
If he chose to
move,
If he chose to
prove
His liberty.
But he does not
choose
What choice
would lose.
He stays, the
Unicorn,
In captivity.
In captivity,
Flank, hoofs,
and mane –
Yet look again
–
His horn is
free,
Rising above
Chain, fence,
and tree,
Free hymn of
love;
His horn
Bursts from his
tranquil brow,
Like a comet
born;
Cleaves like a
galley’s prow
Into seas
untorn;
Springs like a
lily, white
From the earth
below;
Spirals, a bird
in flight
To a longed-for
height;
Or a fountain
bright,
Spurting to
light
Of early morn –
O luminous
horn!
Here sits the
Unicorn –
In captivity?
In repose.
Forgotten now
the blows
When the
huntsmen rose
With their
spears; dread sounds
Of the baying
hounds,
With their cry
for blood;
And the
answering flood
In his veins
for strife,
Of his rage for
like,
In hoofs that
plunged,
In horn that
lunged.
Forgotten the
strife;
Now the need to
kill
Has died like
fire,
And the need to
love
Has replaced
desire;
Forgotten now
the pain
Of the wounds,
the fence, the chain –
Where he sits
so still,
Where he waits
Thy will.
Quiet, the
Unicorn,
In contemplation
stilled,
With acceptance
filled;
Quiet, save for
his horn;
Alive in his
horn;
Horizontally,
In captivity;
Perpendicularly,
Free.
As prisoners
might,
Looking on high
at night,
From day-close
discipline
Of walls and
bars,
Tonight-free
infinity
Of sky and
stars,
Find here
felicity:
So is he free –
The Unicorn.
What is
liberty?
Here lives the
Unicorn,
In captivity,
Free.
O UNICÓRNIO CATIVO
A partir de uma tapeçaria dos Cloisters
Eis o Unicórnio
cativo;
sua intocável vulnerabilidade
finalmente
aprisionada;
há muito aconteceu
a longa caçada
dos cavaleiros do
rei;
agora seus
arreios estão atados
à romãzeira –
aqui está o
Unicórnio
cativo,
porém,
livre.
Eis o Unicórnio;
sua valentia
contida por um
pequeno círculo,
como o abraço de
uma mulher;
em uma grade
circular;
preso
por uma cerca
escarlate,
tão frágil quanto a
coroa de um rei,
que delicadamente
retém
seu chifre, as
patas e a crina,
como uma
rede suavemente
prende uma
borboleta.
Poderia pular a
cerca,
se ele se erguesse,
estendendo seu
branco dorso;
poderia facilmente
parti-la,
com três golpes
de seus cascos de
porcelana e fugir –
se ele quisesse.
Romperia os
muros da prisão
e escaparia –
se ele saltasse,
se ele quisesse.
Eis o Unicórnio;
em seu flanco,
ainda sangram as
feridas
das lanças dos
caçadores,
embora não estanque
as lágrimas de
sangue
que brotam
da branca penugem,
como flores
sobre o chão de
veludo,
onde ele se deita.
Amarras e feridas
de sonho
não conseguem
prendê-lo
a este reino, onde
nem
suas feridas, nem
seu destino
importam.
Eis o
Unicórnio;
a cabeça
presa por um colar,
como um laço
em torno da
cintura de uma mulher,
largo e bordado,
amarrado sem
cuidado.
Poderia se soltar
da coleira cravejada
de joias,
por ser tão largo o
colar –
se ele tentasse;
como uma mulher
desfaria
um laço
preso à sua cintura,
e ele romperia as
amarras
tão descuidadas –
se ele tentasse.
Eis o Unicórnio;
preso por
uma corrente de ouro
à romãzeira.
Uma corrente tão
frágil para deter
tão poderosa fera;
tão delicada quanto
um crucifixo
sobre o colo de uma
mulher.
Com um meneio,
poderia romper a
corrente de ouro,
se ele quisesse
se mover,
se ele quisesse
sentir
a liberdade.
Mas prefere
não fazer
essa escolha.
Aqui está o
Unicórnio,
cativo.
Cativo, com seu
dorso, cascos e
crina –
mas olhe
novamente –
o chifre está
livre,
alto, acima
da corrente, da
cerca e da árvore,
como um canto livre
de amor;
o chifre
emerge de sua
fronte tranquila,
como uma estrela
cadente;
emerge como
uma proa de navio
cortando o mar
tranquilo;
eleva-se como um
lírio branco
acima da terra;
uma espiral, um voo
de pássaro
alçando tão
ansiadas alturas;
ou uma nascente
jorrando sob a luz
da manhã –
Ó luminoso chifre!
Eis o Unicórnio –
cativo?
Descansando.
Ele
esqueceu os golpes
das lanças
dos caçadores; e os
terríveis latidos
dos cães de caça,
em sua sede de
sangue;
a força que corre
por suas veias
atende
à ânsia de luta,
da fúria pela vida,
nos cascos pesados,
no chifre que
respira.
esqueceu a luta;
agora a ânsia de
matar
extinguiu-se como
fogo,
e a ânsia de amar
tomou o
lugar do desejo;
esqueceu a dor
das feridas, da
cerca, da corrente –
senta-se, imóvel,
à espera
de Tua vontade.
O Unicórnio está imóvel,
contemplando,
resignado;
impassível, menos o seu chifre;
o chifre continua vivo;
horizontalmente,
preso;
perpendicularmente,
livre.
Como prisioneiro
que à noite contempla o céu
e desdenha da prisão imposta
por grades e muros,
ao observar a liberdade
da noite estrelada,
e encontrar ali a sua felicidade:
então, o unicórnio
está livre.
O que é liberdade?
Aqui vive o Unicórnio,
cativo:
porém livre.
contemplando,
resignado;
impassível, menos o seu chifre;
o chifre continua vivo;
horizontalmente,
preso;
perpendicularmente,
livre.
Como prisioneiro
que à noite contempla o céu
e desdenha da prisão imposta
por grades e muros,
ao observar a liberdade
da noite estrelada,
e encontrar ali a sua felicidade:
então, o unicórnio
está livre.
O que é liberdade?
Aqui vive o Unicórnio,
cativo:
porém livre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário